Friday, April 21, 2006

armados em zé "nites"

Sexta foi naturalmente um dia difícil. Chega a noite! O destino chega por sms. Parece que há umas Jam Sessions no Gil Vicente que costumam ser boas. Vamos ver!
O ambiente está espectacular. Vários grupos ou indivíduos vão ao palco e cantam/tocam 3 ou 4 músicas. Alguns são fantásticos! Hendrix, Bob e até Rui Veloso levam o pessoal ao rubro. Ouvimos um bocado de tudo e fartamo-nos de abanar o capacete. Travamos conhecimentos com pessoal que por lá está e até com alguns dos músicos.
Conheci a directora financeira da fundação Agha Kan em Moçambique. É a Filipa, veio para cá no mesmo programa de estágios que eu e ficou! Aprendo um bocado sobre os Ismaili e o trabalho que a fundação desenvolve.
Com pena de todos no bar, e depois de vários regressos ao palco dos melhores da noite o Gil lá começou a ficar vazio. Eram umas 3 da manhã. E agora? Coconuts? Lounge?... nahhh… tamos numa mais local. Decidimos ir para a baixa conhecer o famoso “Luso” que nos falam desde o 1º dia. Chegados à porta o nome promete… “LUSO: cabaret – ‘nite’club”
Entramos e a praxe lá dentro é violenta. A mistura é no mínimo curiosa. À fauna do típico bordel (kengas e clientes típicos) misturam-se alguns estrangeiros, estrangeiras e moçambicanos que por lá param como se estivessem num bar normal.
Volta e meia lá aparece uma “dançarina” no varão! Está bonito isto… mais uma para currículo… ir a um bar de kengas… Estou indeciso se coloco esta experiência imediatamente acima ou abaixo da condução de um Land Rover a pingar óleo e fazer fumo pelo corredor das hortaliças de um hipermercado de uma conceituada cadeia portuguesa na lista das coisas improváveis que já fiz.
Peço uma laurentina e bebo pela garrafa (ai não… safa…).
Menos piada acho ao assédio constante que sofro apesar de estar sempre junto a uma amiga nossa que nos acompanhava… puxa que são chatas. Finalmente ao fim de 1 hora já todas as zelosas “funcionárias” disponíveis tinham percebido que nem eu nem nenhum do grupo estava cliente e lá descolaram. Na pista, a “pássada” vai alternando com uns sons mais europeus e já passava das seis da manhã quando vamos descansar as pernas. Foi giro numa de experiência, de praxe… mas não para voltar regularmente…

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